Achei que só ia escrever aqui terça...mas não aguentei. Radiohead, madrugada, Radiohead, fossa.
Não pretendo refletir pra escrever agora...só quero desabafar o que tá aqui dentro. Fodam-se a contextualidade, a concordância, a ortografia e o magnetismo textual. Cigarro.
Conheci a um ano e pouco atrás alguém que mudou a vida das pessoas que encontrou. Era um cara iluminado. Alma velha. Se preocupava com todo mundo...MUITO...não aquela preocupação "você tá bem?", "tô", "então tá bom"...era um "cê não tá bem..por que?". Ele sentia tudo isso. Tava um passo na minha frente. Um passo na frente de todo mundo. A alma dele era um pouco menor que o Perú, um pouco maior que o Uruguai. Era um cara extremamente diferente de tudo que eu já tinha conhecido.
Minha amizade com ele foi a mais sincera do mundo. Tenho certeza que nunca vou encontrar uma igual. Era aquela sintonia. Aquele quê de Huguinho, Zezinho e Luisinho era do caralho. DO CARALHO. Alguém que me ensinou muito mais que qualquer professor de matemática. Se vocês gostam do Yan que conhecem hoje, boa parte agradeçam a ele. Existia um puta conflito lá dentro e eu não tive tempo pra descobrir qual era. E que tempo curto. Que tempo curto. Que tempo curto.
Patrick, você foi um pai, um irmão, uma tia..tudo cara!...CACETE! Por quê você foi embora? Cadê nossos projetos? Cadê as discussões sobre cinema. Cadê o Almodóvar? Cade nossos desabafos? Nossos planos de dominar o mundo? EU TENHO CERTEZA QUE VOCÊ TÁ AQUI ATRÁS DE MIM LENDO TUDO ISSO. Cadê a gente chegando atrasado na quarta aula porquê demorou muito no Pacaembú? Você faz mais falta que meu pai aqui. Por quê tão pouco tempo? Cê podia pelos menos esperar eu conhecer a Rita. Ia ser foda a gente junto. Mas tua missão acabou e eu respeito isso. Nem hora extra você fez. Que egoísmo!
Torço pra qualquer um de vocês que chegou a esse parágrafo conheçam alguém como eu conheci. Mas torço mais ainda que essa amizade dure anos. Séculos. Sei lá.
Uma amizade boa são duas velhinhas se segurando pra não cair na rua. Parando pra fofocar. Parando pra descansar. Parando pra fofocar de novo e demorando uma hora hora pra chegar em casa. Mas a velhinha aqui ficou sozinha. Caiu...e aprendeu a andar sozinha. Mas ia ser muito bom continuar fofocando com você. Como eu queria não ter te devolvido a Vênus de Smilo...aquilo era você, Pat...mas teu e-mail ainda tá aqui no mural, como você pode observar.
Saudades que apertam o coração demais. Mas vou fazer o que? Eu queria tanto segurar tua mão. Mas eu não tava lá.
Um grande beijo na boca pro melhor amigo que tive e vou ter pro resto da minha vida.
É isso aí, gente. Tchau.